As instituições UFRN, FJA e outras no passo do cordel potiguar!Cordel
por NANDO POETA No Brasil do século XIX, havia toda uma discussão na seara literária para se definir um perfil de uma marca na literatura
A Literatura de Cordel é um gênero literário popular, escrito frequentemente de forma rimada, originada de relatos orais e depois impressos em folhetos. A literatura de cordel se popularizou no Brasil nas regiões Norte e Nordeste, sendo hoje difundida em todo o território nacional. Publicada em pequenas brochuras impressas, o termo “cordel” vem do fato de serem apresentadas penduradas em cordas – ou cordéis.
Além de gênero literário, o cordel era veículo de comunicação e ofício, garantindo a fonte de renda de muitos cordelistas. Popularizado no século XIX, tornou-se uma forma de expressão da cultura brasileira, trazendo contribuições da cultura africana, indígena, europeia e árabe, entoando as tradições orais, a prosa e a poesia.
Os poetas cordelistas modernos definem o cordel como gênero literário obrigatoriamente de três elementos principais: a métrica, a rima e a oração. Esses elementos, associados às xilogravuras, que são as ilustrações das histórias estampadas nas capas dos livretos, formam a literatura de cordel.
Ao contrário do que muitos pensam, o cordel não foi criado no Brasil. O estilo já existia no período dos povos greco-romanos, fenícios, cartagineses e saxões. Chegou a Portugal e Espanha por volta do século XVI. No Brasil, veio com os colonizadores, instalando-se na Bahia, mais precisamente em Salvador, que à época era a capital brasileira.
Estudos apontam 1893 como o marco da literatura de cordel, quando o paraibano Leandro Gomes de Barros teria publicado os primeiros versos no país. Os folhetos em que eram inseridos pequenos textos corridos e poemas eram chamados de “folhetos de cordel”. Esses folhetos sempre eram vendidos de mão em mão e a baixo custo.
“O folheto-de-cordel e espetáculos populares como ‘auto-de-guerreiros’ ou o ‘cavalo-marinho’ são fontes preciosas para os artistas que sonham se unir a uma linguagem mais apegada às raízes da cultura brasileira. É que, em seu conjunto, tudo aquilo forma um espaço cultural criado por nosso próprio povo e no qual, por isso mesmo, ele se expressa sem maiores imposições ou deformações que lhe viessem de fora ou de cima”, escreveu, em 1999, o escritor Ariano Suassuna, para quem a “imensa maioria do povo pobre do Brasil real” é o único contingente da população “verdadeiramente autorizado a criar uma arte popular brasileira”
No início do século 20, numa sociedade com poucos meios de comunicação disponíveis, o cordel proliferou por vários estados do Nordeste. No entanto, desde o início da publicação dos folhetos até a década de 1970, a mulher cordelista ainda estava invisível: apesar de serem tema de tantos cordéis, não era comum mulheres cordelistas publicando oficialmente.
Em 2020, a sergipana Izabel Nascimento ministrou uma palestra no 3º Encontro de Cordelistas da Paraíba, falando sobre o tema “O Cordel como Ferramenta de Transformação Social“, Izabel fez um recorte histórico para denunciar o traço forte do machismo nesse gênero literário. A intenção foi vislumbrar mudanças numa poesia que ainda não reconhece, não valoriza, nem respeita o papel e o protagonismo da mulher cordelista. Foi a primeira vez que um grupo de mulheres se reuniu para organizar um movimento de denúncia e enfrentamento ao machismo no cordel.
Assim nasceu a campanha #cordelsemmachismo, atualmente formada por um grupo denominado Movimento das Mulheres Cordelistas Contra o Machismo e o grupo Teodoras do Cordel.
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A Literatura de Cordel é uma manifestação literária tradicional da cultura popular brasileira, mais precisamente do interior nordestino. Os locais onde ela tem grande destaque são os
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